Quem tem uma casa e a pretende arrendar tem que definir o valor pelo qual o vai fazer.
Existem 4 componentes:
- Valor de compra
- Juro ou remuneração pretendida
- Impostos, despesas e fiscalidade
- Valorização das casas
De um ponto de vista financeiro se tiver o dinheiro no banco ou num investimento que se considera sem risco como obrigações de tesouro têm uma rentabilidade garantida.
Ao fazer um investimento deverá ter um prémio de risco devido a ser uma actividade mais arriscada do que ter o dinheiro aplicado de outra forma.
Se considerar um edifício que custe 100 000 euros e uma taxa de 5% dado considerar-se um risco baixo isso será equivalente a ter um bem que dê anualmente 5 000 euros.
A fórmula da perpetuidade permite chegar a este valor.
Valor actual = Perpetuidade / Taxa de remuneração
Se pode subir o valor da renda 1% por ano será equivalente a só necessitar de ter um juro de 4%. Nesse caso a prestação a exigir seria de 4 000 euros por ano.
Quando se congela as rendas o valor exigido à cabeça pelas rendas aumenta para contrabalançar esse efeito.
Se pagar 30% em impostos para o efeito ser neutro terá que se aumentar o valor da renda em cerca de 40% para ficar com o mesmo dinheiro. Ou seja, em vez de 5 000 euros terá que pedir 7 000 euros pelo mesmo bem para ter a rentabilidade desejada de 5%. Outras despesas devem ser consideradas da mesma forma.
Em termos contabilísticos é normal considerar a vida útil de uma casa de 25 anos havendo casos em que se extende este período. O uso e degradação da casa é normal que faça diminuir o seu valor ou que para manter o valor seja necessário fazer novos investimentos em reparações várias.
No entanto, quando existe a expectativa que o valor da casa varie pode-se ter mais ou menos valias adicionais pelo que em situações de forte valorização o valor exigido das rendas tende a baixar.e em momentos de desvalorização as rendas sobem porque só uma renda alta compensa não vender a casa antes de esta se desvalorizar.